Todas as mulheres muçulmanas do mundo estão proibidas de tocar
em bananas ou pepinos. Essa é a ordem emitida por um “importante
religioso vivendo na Europa”, segundo noticiou nesta semana o jornal
religioso egípcio El Sawsana. Segundo diversos meios de comunicação, a
intenção do clérigo é evitar que as mulheres tenham “pensamentos
sexuais”.
Segundo o site egípcio Bikya Masr, o clérigo (que não teve o
nome revelado) foi citado pelo El Sawsana dizendo que os homens, de
preferência o marido ou o pai das moças, devem se dispor a cortar esse
tipo de alimentos para a mulher.
De acordo com o Bikya Masr, o religioso disse que “essas frutas
se parecem demais com um pênis”, e a simples visão deles pode “excitar
sexualmente” ou “fazer as mulheres pensarem em sexo”. A lista de
alimentos proibidos também incluiria cenouras.
A notícia repercutiu em diversos sites islâmicos e também no
Ocidente. Segundo o portal de notícias americano The Daily What, a ordem
é “ridícula”, e serviu de pauta para lembrar outros ‘fatwas’ (ordens
islâmicas) bizarros ou perigosos. Internautas também criticaram a
publicação da ordem, principalmente por ela não conter informações sobre
a identidade do religioso.
O site do Bikya Masr também publicou um editorial para tentar
explicar o fenômeno dos ‘fatwa’, ordens morais emitidas por qualquer
clérigo muçulmano e cujo o uso se popularizou recentemente. Por exemplo,
existe uma ordem desse tipo que permite que mulheres trabalhem ao lado
de homens que não façam parte de sua família, mas somente sob a condição
de que, antes, eles mamem nos seios da mulher.
Um dos fatwa mais famosos foi emitido por um clérigo iraniano
que, nos anos 1990, convocou todos os muçulmanos do mundo a assassinar o
escritor Salman Rushdie sob a acusação de heresia. Rushdie é autor do
best-seller Versos Satânicos, uma ficção sobre um capítulo perdido do Corão que teria sido inspirado pelo demônio.
Entre outras ordens religiosas bizarras listadas pelo Daily
What estão a proibição da prática de ioga por muçulmanos, de meninas
acima de 13 anos pedalarem bicicletas, não fazer sexo nu e a proibição
de emoticons.
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