sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Roubava para pagar dividas ao Fisco

"Viúva negra" assaltante de bancos é uma mãe desempregada e na ruína

Vestida de preto, óculos escuros e capuz ou lenço negro na cabeça assaltou 12 agências bancárias no último ano e meio, sendo a mais ativa assaltante de bancos alguma vez descoberta em Portugal. Após primeiro interrogatório judicial, a mulher, de 44 anos, ficou em prisão preventiva.

 A Polícia Judiciária andava no seu encalço e apelidava-a de "viúva negra". Foi um quebra-cabeças para as autoridades que, ao longo das investigações, nunca conseguiram apurar a sua identidade, desvendada, anteontem, após uma tentativa de assalto gorada, em Lisboa.
Esta sexta-feira, a mulher foi ouvida no Tribunal de Instrução Criminal, no Campus da Justiça, em Lisboa, e ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva.
A mulher foi dominada pelo gerente da dependência do Banif em Entrecampos, um ex-militar de forças especiais que a entregou à PSP. Não é, afinal, uma perigosa e sofisticada criminosa, tal como julgavam as autoridades. Trata-se de uma simples mãe de família, desempregada, a viver um sério drama financeiro e que, desesperada, se virou para o crime.
Ao que o JN apurou, a suspeita começou a assaltar bancos - o primeiro em abril de 2011, na Parede - quando ficou desempregada, após falência da empresa onde trabalhava. Não conseguia arranjar trabalho, nem recebia qualquer subsídio por ter dívidas ao Fisco.

Filho de sete anos
Divorciada e com um filho de sete anos a seu cargo, atacou nova agência quatro meses depois, usando sempre uma pequena pistola de plástico. Assaltava sempre à hora de almoço e na linha de Cascais (Oeiras, Parede, Carnaxide, Paço de Arcos). O último assalto tinha ocorrido precisamente em Oeiras, na terça-feira.
Empunhando o brinquedo abordava os funcionários dos bancos, ameaçava-os e fugia com o dinheiro, cujos montantes nunca superaram os 300 euros.
O filho da assaltante está agora ao cuidado do do pai, que terá ficado surpreendido com a atitude da ex-mulher. A mulher é hoje presente a um juiz de instrução que fixará as medidas de coação.

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