segunda-feira, 9 de julho de 2012

Colégios privados fazem descontos para evitar saída de alunos




Descontos nas inscrições, bolsas de estudo e prazos mais flexíveis para pagamento das mensalidades são algumas das estratégias que os colégios privados estão a utilizar para conter a saída de alunos para as escolas públicas, noticia hoje o Público. Só no último ano lectivo 2 000 alunos que trocaram o privado pelas escolas públicas.

 Com os períodos de inscrição para o próximo ano lectivo em curso, muitos colégios têm notado uma tendência para a descida do número de matrículas e, sobretudo, para atrasos cada vez maiores nos pagamentos das mensalidades, adianta o jornal, acrescentando que também na rede de creches e jardins-de-infância do sector social, onde os pais pagam de acordo com os seus rendimentos, se registam quedas significativas nos pagamentos às instituições.
 A tendência para a redução do número de inscrições nos privados vem desde o último ano lectivo, quando a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo ( AEEP) registou, nos 500 colégios que representa, uma quebra de 3,6% - o que significou a saída de cerca de dois mil estudantes.
Neste momento, mesmo sem números definitivos sobre as inscrições deste ano, a tendência de descida parece manter-se. «É uma diminuição muito assimétrica, uma vez que há colégios que não têm sentido qualquer diminuição. Mas também há outros com perdas muito significativas, que estão muito aflitos. Alguns tiverem mesmo que encerrar», reconhece Rodrigo Queiroz e Melo, director executivo da AEEP, segundo o jornal.
 Na rede de creches e jardins-de-infância do sector social, onde os pais pagam em função da sua capacidade económica, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) têm notado também uma redução geral nas contribuições das famílias.
Entre 2011 e 2012, a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) registou uma quebra de 20% nas contribuições. «Ou por situações de desemprego, ou por redução dos rendimentos, as pessoas vêm ter com as instituições e dizem que já não podem pagar o que estão a pagar e pedem que as suas contribuições sejam revistas», diz Carlos Andrade, vice-presidente da UMP.

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